Teosofia
- Sam de Oliveira
- 25 de mai. de 2020
- 2 min de leitura
Atualizado: 26 de mai. de 2020
Não utilize seu conhecimento - ou a falta dele - para disseminar preconceitos

Helena Blavatsky, fundadora da Teosofia, juntamente com outros seguidores, preparou vários livros e tomos baseando-se em Darwinismo Social para justificar a supremacia ariana, ou seja, a raça branca superior as demais. Diz em uma de suas passagens que o crânio dos antigos egípcios era caucasiano. Ora, não há diferença na estrutura óssea entre os seres da mesma espécie, independente de qual seja a cor da pele.
A ciência faz bem a humanidade ao apontar os caminhos através de testes e artigos baseados em fatos e números, mas até que as teses estejam bem formuladas, muita confusão é feita. Por isso é importante que sejamos críticos com relação aos conteúdos que usamos como base. Além disso, a ética precisa nos acompanhar. Não adianta ler gráficos, é importante saber interpretar e fornecer corretamente os dados, do contrário, parece ignorância ou má-fé. Se for ignorância, que a pessoa se arme de maiores informações antes de emitir qualquer parecer final sobre qualquer coisa, se for má-fé, seria melhor que ela jamais tivesse escrito nada sobre os gráficos pois as consequências podem ser desastrosas.
No caso, Blavatsky tinha, além da teoria ariana uma grande aversão ao povo semita. Assim, muitas de suas ideias inspiraram Hitler.
Odiar "raças" diferentes, ou seja, pessoas diferentes de você, com costumes diferentes, aparência diferente e modo de viver diferente é algo primitivo, algo que as antigas tribos cultivavam entre si como forma de se proteger. Ainda hoje isso acontece entre algumas tribos indígenas e americanas. Porém, é inadmissível que os países dito civilizados como a Coréia, Japão, China e Rússia, sintam raiva uns dos outros, se achem superiores ou inferiores de algum modo. São resquícios de atraso que ainda possuímos. Acreditamos que para nos proteger devemos manter longe de nós qualquer coisa que seja diferente, assim como o homem primitivo tinha medo do fogo. Quando este percebeu que o fogo era benéfico e poderia ajudá-lo, sua vida tornou-se melhor.
O que acontece é que nós ainda precisamos desenvolver nossa moral. Nosso modo de pensar ainda é animalesco, com marcação de territórios e demonstrações de poder para denominar o macho alfa. Quando, na verdade, isso não é necessário porque possuímos o dom da inteligência. O que nos faz pensar que certos cidadãos podem entrar em um espaço e outros não? Somos apenas uma bola azul flutuando no espaço. Que tipo de pensamento é esse?
O medo do diferente é o nosso maior inimigo. Como será bom quando entendermos que as diferenças culturais não são uma ameaça mas sim uma ferramenta para nos tornar tolerantes e amorosos.
Cristãos que não tem amor no coração, mas apenas vontade de ver sua religião se impondo sobre as demais são os novos teosofistas. Acreditam em lendas, são cegos com relação a compaixão. É muito triste ver uma civilização dita culta agir de forma tão agressiva.
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